Disfuncional - Capítulo 23

— Meu amor, sinto muito por isso — Disse Maria — Mas agora nem eu nem você estamos sozinhos. Temos um ao outro. Pode me contar o que quiser sempre. 

Meu chefe foi lá em casa conversar sobre o trabalho e também conhecer minha casa.

— Sua casa é toda colorida, é diferente, eu gostei.

— Isso é coisa da Maria — Eu respondi.

— Vocês são casados? — Perguntou ele.

Maria também estava com Yuko e cozinhando uns pães de queijo.

— Na verdade a gente só mora junto, por enquanto — Respondi. 

Depois me encontrei com Yuko no cemitério, um local mais reservado. Eu estava farto de ser perseguido, devia ter um jeito de resolver isso. 

— Quero seguir minha vida com a Maria, Yuko, mas esses caras não saem da nossa cola. Deve ter um jeito de enfrentar eles. 

— Cara, eles são perigosos, sabe que podem morrer real se tentarem fazer isso. Não tem ideia de onde estão e pode ser uma armadilha. 

— Eu sei, mas viver assim fugindo também não dá. Eu vou encontrar eles primeiro e acabar com quem tá ameaçando a gente.

— Pensa bem Luca, pensa bem — Disse Yuko — Pode piorar. 

— Não conta para Maria, vamos tentar resolver isso ok? 

Eu sei que é errado tirar Maria dessa, mas se eu contar ela vai querer ir, e se ela for quando encontramos os inimigos, não quero que ela corra risco de vida. 

Ela é o que tenho de mais precioso. Ela é tudo que eu tenho. 

Meu chefe me chamou para ir no bar conversar sobre o trabalho.

Mas a gente fala sobre várias coisas também, ele é bem oriental e me explica algumas tradições deles. 

— Confesso chefe que me sinto descolado aqui, mas vocês orientais são realmente organizados.