Melodia Mecânica - Capítulo 6

 

— Tem certeza que o Timoty vai conseguir trabalhar Matvey? E ele não é perigoso? — Perguntou Eleanor.

— Claro! Ele pode aprender qualquer coisa, mas demora um pouco. Não se preocupa, ele não vai fazer nada errado, não é como nos livros. — Respondeu Matvey.

Matvey chamou Ambre para conhecer Timoty, era sua primeira amiga.

— Quero que veja minha nova criação!

— Ual! Um robô que parece uma pessoa! Ele pode fazer tudo que fazemos? — Exclamou Ambre.

— Sim, ele pode aprender várias coisas e profissões — Explicou — É chamado de servo esse tipo de robô. Eu o batizei de Timoty! Minha saúde não é muito boa... Então eu o criei para ajudar a senhora Eleanor. Ele ainda está aprendendo.

— O Matvey é íncrivel! — Disse Amber para Eleanor — Ele conseguiu fazer tudo isso sozinho, imagino ele em uma universidade. Poderia se tornar engenheiro! 

— Ele é muito especial mesmo —Responder Eleanor — Mas ele sofreu muito na infância. Seu coração não é forte. Ele precisa ficar aqui, onde não terá emoções fortes, estresses e tensões. 

Durante a noite Matvey saiu para patinar, mas não esperava encontrar a violinista! Claro que não deixaria de se apresentar dessa vez, seu coração começou a bater muito acelerado. 

— Ah...Boa noite! Sou Matvey, um fã! 

Só que a jovem ficou meio preocupada, um estranho vinha falar com ela assim? 

— Um fã? — Questionou ela.

— Sim, eu te vi tocando uma vez aqui na praça o violino e foi incrível! Aquela melodia foi a mais bonita que já ouvi em toda minha vida!

— Não sou tão talentosa assim — Respondeu ela — Mas obrigada... Agora tenho que ir, se me der licença. 

—Espere! Eu queria saber o seu nome e se vai tocar de novo! — Pediu Matvey — Foi uma sorte te reencontrar por aqui, venho sempre essa hora patinar. 

— Não sei se devia te responder, mas, sou Anne Cabret. Obrigada por ser um fã, embora eu não seja lá tão boa quanto diz. Mas fico feliz que agradei.

— Vou seguir... Não sou boa em patinar e só passei no café.

— Eu também era péssimo patinando, mas é só praticar, não quer vir um pouco também? — Perguntou Matvey — Posso te ensinar. 

Por mais incrível que fosse, Anne aceitou o convite. 

— Espero não sair quebrada daqui — Disse ela.

— Não vai, prometo.

No começo Matvey segurou a mão dela e a ensinou algumas técnicas até  que ela conseguisse sozinha. Seu coração estava batendo muito rápido, lembrava dos avisos da Eleanor para tomar cuidado com isso, mas era uma sensação tão boa. 

— Tente sozinha agora.

Porém ela escorregou e Matvey foi logo ajudá-la. 

— Vou te acompanhar!

Matvey até mostrou alguns de seus truques fazendo uma cambalhota que impressionou Anne!

—Ual! Você é muito bom nisso! 

Por fim passaram no café antes dela ir.

— Obrigada, foi divertido, mas preciso ir, está muito tarde. Obrigada meu fã! Adeus!

— Obrigado! Nunca me esquecerei desse dia! Espero te ver tocando outro dia...

— Isso vai ser difícil... Desculpe, adeus.