quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Melodia Mecânica - Capítulo 3

Os invernos eram longos em Windenburg. 


 Ariete se tornou cada vez mais da família, até mesmo vivia dentro de casa! 


Mas a poeira não deixava de acumular, até parecia que a casa deles caía mais poeira do que o normal.


Matvey criou um robô para ajudar na limpeza, não era uma perfeição, mas fazia um trabalho interessante. 


Eleanor fazia sucos para venderem e assim se sustentarem, mas o lucro não era mais dos melhores. Com os refrigerantes e novas marcas no mercado, estava difícil ganhar dinheiro ultimamente. Tinha medo que logo os dois ficassem sem dinheiro para pagar as contas. 


Matvey decidiu sair mais uma vez e parou o seu caminho quando ouviu o som mais belo que havia ouvido na vida. Uma jovem de cabelos cheios e cacheados tocava violino no centro. 


Ficou ali parado apenas ouvindo a bela e suave melodia. Seria um anjo tocando? Perguntou-se. 


Sentiu o coração errar as batidas, mas não parou de admirar a jovem violinista. Não queria esquecer o rosto dela. 


Alguém mais foi atraída pela melodia. Ariete acabou o seguindo até o centro. 


A galinha até parecia tentar cantar junto com a música. Entretanto tudo acabou muito rápido quando uma mulher de cabelos loiros repreendeu a moça por tocar ali. 



Logo elas duas se retiraram muito rápido. 



— Ariete! Como me seguiu até aqui? Você é mais esperta do que eu pensava. Mas ouviu aquela música também não foi? Foi magnífica. Será que ela voltará? De onde ela veio? 


Matvey levou Ariete para casa e depois seguiu de novo o caminho. Sem deixar de pensar na bela apresentação que presenciou. 


Parou sua nova bicicleta. Até o dia parecia contribuir para o seu achado, não caía neve pela primeira vez em dias.


Mais empolgado do que nunca, Matvey patinou, dessa vez com mais confiança e se saiu bem melhor do que da última vez. 


—Eleanor, hoje eu vi um anjo! — Contou para a senhora — Uma senhorita estava tocando violino no centro, deveria ouvir a melodia dela! Até a Ariete gostou. Espero poder encontrá-la outra vez, talvez falar alguma coisa... 

— Não gostei dessa história — Respondeu Eleanor — Sabe que não pode ter emoções fortes e olha já como está! Todo corado!  Me deixe terminar esse tricô. Nossas vendas não tem sido muito boas... Pretendo ganhar algum dinheiro fazendo suéteres. 


Mais tarde voltaram a se falar. Matvey também queria ajudar nas finanças, afinal morava ali também. 

— Eu posso arranjar um emprego! — Disse ele.

— Mas nem pense nisso! — Respondeu Eleanor — Vai estar perto de várias pessoas, fazendo grandes esforços, podendo pegar todo tipo de doença. Podendo quebrar seu braço! É muito arriscado! 

— Então me deixe fazer alguma coisa para ajudar. Com certeza tem algo mais leve que eu posso fazer, talvez vender meus robôs. 


— Eles não dão lucro suficiente, já tentamos isso — Respondeu Eleanor — Para dar lucro precisaríamos ter uma fábrica enorme. Sozinho você não dá conta de criar tantos. 

— Eu vou pensar em alguma coisa — Garantiu Matvey. 


Será que Matvey encontraria alguma atividade que ele soubesse fazer e lucrar? Algo que pudesse dar conta? 

4 comentários:

  1. Gente que galinha esperta e saidinha,foi até o centro que fofa 💖💖💖💖

    Linda a menina que tocava violino,pelo visto vai ser outra pobre coitada


    Espero que eles consigam logo uma graninha lara pagar os boletos

    ResponderExcluir
  2. Que fofinha a Ariete!!!
    E fiquei curiosa para ver a carinha da violinista que atraiu a atenção dele!
    E Windenburg é muito linda, né? Uma das cidades mais belas do jogo! :)
    Eleanor é superprotetora, hein! Será que ela realmente tem motivo para ser assim ou é apenas coisa da cabeça dela? Matvey é muito podado por ela. :(
    Louca para ler a continuação! :D S2

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Primeira vez que moro em Winderburg, ela tem bastante potencial.
      É essa Eleanor é bem superprotetora mesmo. Ela é meio exagerada mesmo.
      Obrigada pelo comentário Sally!!

      Excluir

Seu comentário será verificado e respondido.